11 novembro, 2011



Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas,  peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente.
Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente.
Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.
     
Tati Bernardi

5 comentários:

  1. O texto eh ótimo, mas ficou confuso o " ele " e o " voce" , talvez, erro na digitação.

    Beijos,

    Suzana/LILY

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  2. Chega ser estranho às vezes como certos escritores nos traduzem.

    Adorei o post embalado a Jeneci!

    Um beijo minha flor!
    Saudades!

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  3. A vida, o amor, os ritos, os gritos...tudo é assim mesmo: misturado, decifrável por poucos (muitas vezes por ninguém). Aguardamos o incondicional e. paradoxalmente, somos guiados por uma coleção de condicionantes. Mas quem é detentor de coerência absoluta? Tomara que ninguém o seja.
    Abraço carinhoso.

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Obrigado por fazer parte desse diálogo comigo mesma!