03 junho, 2010

As piores hipóteses...



(Image by Sot)

Estava lendo essa crônica da Martha que fala justamente sobre as falhas. As nossas falhas, e o quanto elas nos humanizam...

E não pude evitar pensar nas minhas! Ah caramba, são tantas! Já começa por aí! Mania de pensar sempre no pior lado das coisas e nas piores hipóteses!

Já se perguntou por que temos (olha eu querendo socializar a minha falha supondo que seja a sua também!) a tendência maluca de sempre pensar nas piores hipóteses. Sejam elas quais forem, sobre qual assunto for?!

Previsão do tempo, amor, amigos, viagens, faculdade, trabalho! É o tempo que pode piorar mesmo quando o sol está rachando lá fora (mas, vamos combinar que às vezes acertamos mais que a previsão do tempo?!), é aquele trabalho que a gente ralou absurdo pra fazer e tem certeza que não ficou bom, aquele lugar que a gente deixa de ir porque tem certeza que não estará legal, aquele cara super interessante que a gente tem certeza que não vai dar em nada, aquela viagem que embora pareça super interessante... Ah tanta coisa pode dar errado!

Coisa de maluco isso. Talvez não. Prefiro pensar que talvez seja algo “às vezes” inevitável. Bom, no meu caso tenho que admitir que mesmo lutando contra a minha essência sagitariana, controladora, com mania de querer adivinhar desde a previsão do tempo até o que as pessoas nunca sonharam em dizer, a parte controladora tem ganhado. Vários pontos a zero por enquanto. Fico me perguntando em que momento aprendemos que ser assim seria mais seguro?! Ah, claro, quanto menor a imaginação, menor o tombo! Já era!

Digamos que tenho outras falhas... (e como tenho!) Ansiedade, pressa, insegurança, imaginação fértil demais (ok, essa pode ser uma qualidade às vezes, certo?), medo de coisas novas, falo demais (principalmente quando fico nervosa) e sempre fico pensando que se Deus (ou alguém, sei-lá) nos deu o pensamento, nem tudo precisaria ser dito, mas... Acho que talvez o que mais me “pegue” seja essa mania de viver entre a guerra eterna do “tudo sempre pode piorar” versus “do chão não passa”. Não que a metade do meu copo esteja sempre vazia... Claro que às vezes bem aproveito a metade cheia de sorvete, milk shake de ovomaltine, fanta uva, enfim!

Lição de feriado sobre as falhas: além de nos humanizar é o que nos identifica, particulariza, diferencia! Agora se fascina...??? Aí deixo pra pensarmos num momento menos “tudo pode piorar”!

Até porque se todo carnaval tem seu fim... Pra que se preocupar?

Los Hermanos
Composição: Marcelo Camelo

Todo dia um ninguém josé acorda já deitado
Todo dia ainda de pé o zé dorme acordado
Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia
Toda trilha é andada com a fé de quem crê no ditado
De que o dia insiste em nascer
Mas o dia insiste em nascer
Pra ver deitar o novo

Toda rosa é rosa porque assim ela é chamada
Toda Bossa é nova e você não liga se é usada
Todo o carnaval tem seu fim
Todo o carnaval tem seu fim
E é o fim, e é o fim

Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz

Toda banda tem um tarol, quem sabe eu não toco
Todo samba tem um refrão pra levantar o bloco
Toda escolha é feita por quem acorda já deitado

Toda folha elege um alguém que mora logo ao lado
E pinta o estandarte de azul
E põe suas estrelas no azul
Pra que mudar?

Deixa eu brincar de ser feliz,
Deixa eu pintar o meu nariz

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