16 maio, 2010

Alice? Amélie?



(Alice no País das Maravilhas - 2010)


(O Fabuloso Destino de Amélie Poulain - 2001)

Acho que a minha cabeça vai rodar até nos meus sonhos hoje! Acabei de assistir Alice... Depois de 5 minutos enxergando tudo turvo e já me achando a criatura mais azarada do planeta porque aquela porcaria de 3D parecia não funcionar comigo, percebi que estava com o óculos de sol... e não com o 3D, e fez-se a imagem! Amém, pelo menos era o que eu achava.

Bom, nunca li Alice, já ouvi a história, já conversei a respeito, tenho uma amiga que adora, mas essa foi a minha primeira aproximação. Engraçado que por alguma razão maluca o filme me lembrava o tempo todo “O fabuloso destino de Amélie Poulain”. Curioso que são dois filmes bem diferentes, com duas personagens especiais. Qual a diferença (ou semelhança, já não me lembro bem) entre um corvo e uma escrivaninha? Não sei, e nem sei se quero saber, mas fiquei pensando em o que uniu esses dois filmes na minha cabeça durante aquela piração de movimento e imagens. Acho que uma primeira aproximação eu tenha feito com a própria fotografia do filme, viva! Completamente diferentes, mas ambos os filmes possuem uma imagem muito viva! E curioso que a Alice cai num buraco maluco, encontra pessoas malucas e acaba brigando pra resolver o problema delas (ok, talvez também resolvesse o dela naquele momento: voltar pra casa), e vejo Amélie fazendo algo parecido... Mas o que o buraco na parede esconde e revela é uma caixinha de lembranças, que quando devolvida para seu dono faz Amélie resolver tentar mudar a vida de outras pessoas... um atalho para resolver a dela? Ok, até funciona de alguma maneira torta também, mas não sei. Acredito que não.

E eu? Tenho até medo de pensar o que o mundo reserva! Já vi animais falantes, pelo amor de Deus um coelho acelerado não! Um despertador no celular já me basta. Lagartas azuis, rainhas, pessoas comuns buscando nem sabem o que direito... Talvez esse seja o grande enredo de todo mundo: coisas malucas e um “não saber o que se procura”. Tenho pensando muito no que quero, nas coisas, maneiras, vontades, sonhos, enfim, no que gostaria que compusesse o meu enredo... E de fato não é uma pergunta fácil. Talvez porque saber exatamente o que se quer seja grande parte do caminho para se conseguir... e depois? Curioso como “o querer” às vezes parece muito mais seguro que “o conseguir”. Mais curioso ainda é admitir isso. Estava ouvindo uma música esses dias I dare to move... Eu te desafio a se mexer... (tenho mania de procurar as traduções das músicas que gosto). E acho que é um pouco do que esses filmes me provocaram... Como se fosse simples... A música termina assim:

Eu te desafio a se mexer
Como se o 'hoje' nunca tivesse acontecido
O 'hoje' nunca aconteceu antes

E nos provoca a pensar What happens next? O que acontece depois?

Viver pra saber é o que resta... e é claro, no meu caso pirar em 547 possibilidades antes do hoje conseguir chegar...

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