04 maio, 2010

Loucura pensar a pessoa que nos tornamos...



(Image by Joy Sale)

Essa semana encontrei um paquera dos tempos de colégio no shopping (nossa falando assim parece foi no século passado... e na verdade foi mesmo...) Que encontro mais besta pensei?!

É claro que depois das constatações básicas: nossa ele engordou!? E ela está mais feia!? Me veio um pensamento que não consegui controlar: quem eu havia me tornado? Caramba, e eu?

Nenhum grande feito até agora, mas digamos que chegar até aqui é uma grande coisa! Conheci pessoas especiais, e conheço mais a cada dia, fiz escolhas (ainda que cheia de dúvidas malucas, já disse que meu sobrenome poderia ser indecisão), terminei a faculdade, entrei num mestrado maluco, fiquei 7 meses viajando... fui... voltei... Hoje sou muito menos ansiosa, ainda pé atrás com a maioria das coisas e pessoas do planeta, mais teimosa (quem diria que isso seria possível), mas forte e sensível ao mesmo tempo, com um pouco mais de esperança nos dia que estão por vir, e um pouco mais de crença nas minhas possibilidades (ainda que não saiba exatamente quais são elas...).

Parece tão pouca coisa dentro de uma frase, mas lendo agora, sinto que pra mim é muito!

Ok, que o meu horóscopo maluco me dizendo que esse seria o melhor final de semana do meu ano me deixou pensativa também?! Afinal se fosse um desastre o que eu esperaria dos finais de semana restantes!?

Assistir Beleza Roubada, apesar de interessante porque eu queria ver novamente depois de tanto tempo, não é o que eu definiria de melhor final de semana do ano... Se bem que esse filme é de alguma maneira muito especial, só não consigo achar que a beleza foi roubada, talvez descoberta, reinventada, dividida, ou tudo isso junto, mas de fato não tenho muita veia para interpretações "cult", sabe... Mas tudo bem, melhor ou pior final de semana, tudo com o que não concordamos no horóscopo temos o direito de não acreditar e esperar o dia seguinte, a semana seguinte ou o mês seguinte, que seja, e dar uma nova chance para os astros acertarem...

Junto a tudo isso tive uma experiência desnecessária eu diria: tirar fotos 3X4! Quem é que consegue ficar normal numa foto daquelas? Sem a boca torta, ou parecendo ter só bochechas, ou só olhos... Tudo bem que eu tenho problemas com fotos desde que nasci acho... Ninguém merece, mas além de observar a minha cara de brava, a mancha de sorvete na minha blusa azul de listrinhas cor de rosa (devia ter escolhido uma blusa mais discreta), constatar a minha dificuldade de sorrir em fotografias (pra compensar as risadas bobas e sem hora...) tive que olhar pra mim!

E pôxa, mudei né!? Pro bem e pro mal... acho que não há mudança numa única direção... E acho que a mudança é o que nos assusta, conforta e movimenta... Claro que não ter o controle (quase nunca) dela, como boa sagitariana me irrita muito... mas ao mesmo tempo me obriga a ser mais leve...

Meu avô diria que continuo a mesma, mas o fato é que olhar para quem eu me tornei me passou uma sensação de conforto... não de acomodação, ainda quero mudar muita coisa acho... mas de conforto... de que valeu a pena esse caminho sabe? Algo como se não soubesse direito ainda pra onde estou indo... uma sensação de medo também... Obviamente do futuro! Mas prefiro pensar que é um medo bom, um misto de curiosidade com certa intuição feminina de coisas boas... E caso seja diferente... Esperemos os encontros bestas que nos farão pensar e caso os encontros não aconteçam... Haverá o horóscopo para dar asas a nossa imaginação... E novas semanas e finais de semana para serem os melhores... ou não...

Loucura pensar a pessoa que nos tornamos... e mais ainda as infinitas possibilidades de nos tornarmos...

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